segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

A ciência confirma: os ossos de São Pedro estão no Vaticano! (3)

"Muro dos grafitti"
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O papa Pio XII dispôs uma escavação arqueológica sob o altar-mor da Basílica Vaticana. Essa aconteceu entre 1939 e 1949 e foi levada a cabo por quatro estudiosos de arqueologia, arquitetura e história da arte.

Tratou-se de Bruno Maria Apollonj-Ghetti; Pe Antonio Ferrua, S.J.; Enrico Josi e Pe. Engelbert Kirschbaum, S.J.; sob a direção de dom Ludwig Kaas, secretário da Insigne Fábrica de São Pedro.

Eles encontraram o monumento de Constantino, um paralelepípedo com cerca de três metros de altura, revestido de mármore pavonáceo e pórfiro.

Escavando ao longo dos lados do monumento constantiniano encontraram debaixo dele o túmulo de Pedro.

As escavações revelaram uma pequena capela, formada por uma mesa sustentada por duas pequenas colunas de mármore e apoiada num muro rebocado e pintado de vermelho (o chamado “muro vermelho”) em posição correspondente à de um nicho; no chão, diante do nicho, sob uma pequena laje, um túmulo escavado diretamente na terra.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Testemunho unânime da Tradição sobre a presença dos ossos de São Pedro no Vaticano ‒ (2)

Urna com as relíquias de São Pedro como pode ser vista hoje
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Do ponto de vista histórico, tal vez nenhum túmulo do mundo esteja tão apoiado em documentos de época, quanto o de São Pedro na Basílica Vaticana.

O lugar da sepultura havia sido mencionado pela primeira pelo presbítero Gaio, nos tempos do papa Zeferino (entre 198 e 217):

“Posso mostrar-te os troféus dos apóstolos [Pedro e Paulo]. Se quiseres dirigir-te ao Vaticano ou à Via de Óstia, encontrarás os troféus daqueles que fundaram esta Igreja [de Roma]” (in: Eusébio de Cesareia, História eclesiástica, II, 25, 7). Gaio entendia por “troféu” o corpo do mártir.

O martírio de Pedro é confirmado por Tertuliano, que, por volta do ano 200, escreve que a preeminência de Roma está ligada ao fato de que três apóstolos, Pedro, Paulo e João, nessa cidade ensinaram, tendo sido os dois primeiros mártires nela (cf. A prescrição contra os hereges, 36).

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Os ossos de São Pedro estão no Vaticano?
‒ 1. A origem da dúvida

São Pedro, imagem em bronze paramentada, basílica vaticana
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A grandeza e o esplendor do conjunto arquitetônico da Basílica de São Pedro estão intrinsecamente unidos à glorificação de São Pedro, Príncipe dos Apóstolos.

Ele foi o primeiro da longa série de Papas que, como Vigários de Nosso Senhor Jesus Cristo, têm conduzido e conduzirão a Igreja até o fim dos tempos.

A Basílica foi construída em função do túmulo de São Pedro. Representação material consoladora da promessa de Nosso Senhor: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja” (Mt 16,18).

Porém, quando São Pedro radicou o seu trono em Roma, no ano 42, as aparências eram outras.

No século I, funcionava no local o circo de Calígula, um dos mais depravados Césares pagãos. Esse circo servia para corridas de quadrigas e os mais torpes espetáculos.

São Pedro viu aquele circo ser restaurado, engrandecido e enriquecido pelo imperador Nero, que iniciou as perseguições aos cristãos. O próprio São Pedro foi ali crucificado no ano 67.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Os nomes do Zodíaco: indício da união inicial dos homens
e de sua posterior dispersão?

Zodíaco
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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O Pe. Théoophile Moreux como astrônomo tinha paixão pelo Céu e pela história da própria astronomia. Esse interesse o pôs diante de realidades surpreendente.

É dado certo que os documentos mais remotos sobre o Zodíaco são caldeus. O Zodíaco é o conjunto de constelações cortadas pelo caminho aparente percorrido pelo Sol durante o ano.

Está composto de 13 constelações ‒ a 13ª foi acrescentada em 1930 pela União Astronômica Internacional.

Elas evocam, com esta ou aquela dose de imaginação, certas figuras de onde tiram o nome. Estes nomes apareceram 3.000 anos antes de Cristo.

Mas, o estudo das constelações mostra que há uma posição terrestre para vê-las de modo que coincidam com o nome. Esse estudo conduz a um local de observação bastante aproximado.

Não é nem a Índia, nem o Egito, mas a Ásia Menor, mais provavelmente a Armênia. Os armênios teriam dado esses nomes às formações estelares com maior ou menor fantasia.

Zodíaco chinês, dinastia Sui (581-618 d.C.), Museu Guimet (Paris)
Agora bem, acontece que os mesmos nomes aparecem em civilizações existentes em locais onde as estrelas não formam as figuras que os nomes indicam.

Os nomes são basicamente os mesmos, mas os arranjos estelares vistos desde diferentes latitudes e continentes positivamente não são os mesmos.

Exemplo típico são os índios da América: quando os primeiros europeus chegaram ao continente verificaram, não sem pasmo, que eles dividiam o céu com mais ou menos os mesmos nomes que os caldeus.

Porém, olhando as estrelas desde as Américas, os nomes pouco têm a ver com o que se observa.

Deste fato tiram-se várias conclusões elencadas pelo Pe. Moreux.

A primeira é que as tradições astronômicas de civilizações muito diferentes devem remontar a um tempo em que os homens todos estavam reunidos e partilhavam os mesmos conceitos e observações.

Aquele mundo possuía uma ciência aprofundada.

Zodíaco no relógio astronômico da catedral de Lyon.
Em segundo lugar, que naquele mundo anterior unido houve uma ruptura brusca. Como resultado, os homens perderam contato uns com os outros.

Em terceiro lugar, os povos dispersos conservaram nomes e tradições científicas. Porém, depois da separação decaíram. Aceitaram incongruências.

No fim, esqueceram o valor astronômico do Zodíaco – que, entretanto, continua muito válido – e sob seu nome instalou-se a superstição astrológica.


A tradição do Paraíso, do pecado original e do dilúvio

Essas conclusões apontam para um fato consignado, sob diferentes formas, nas culturas mais longínquas: a catástrofe representada pelo dilúvio de que fala a Bíblia.
“A geologia nos ensina que o homem vivia na Terra muito antes das civilizações egípcia e caldeia (...)

“As primeiras épocas da humanidade não teriam sido separadas dos períodos históricos seguintes por um grande cataclismo, como se teria produzido no próprio período quaternário?” pergunta o sacerdote-astrônomo.
Noé na Arca. Aegidius de Roya, "Compendium historiae universalis",
Den Haag, manuscrito MMW, 10 A 21
A apresentação do problema nos aproxima da questão do Dilúvio.

Na dispersão as tradições científicas passaram para os Assírios e Caldeus. Só estes as conservaram por escrito. Dos Caldeus passou para Medos, Persas, Hindus, Egípcios e Gregos. Por meio destes vieram até nós.

A difusão foi o suficientemente grande para chegar até as Américas séculos antes do desembarco dos evangelizadores.
“Existiu, portanto, uma emigração que partiu da Ásia numa época relativamente pouco afastada da era cristã”, explica o cientista.
Ele escreve: “Se, como nós acreditamos, a origem da humanidade é única — coisa cada vez mais confirmada pela ciência — certos ensinamentos religiosos, assim como os fatos históricos relativos a nosso passado remoto, puderam se transmitir de geração em geração; muitos deles perderam-se no caminho do êxodo dos povos, e evidentemente deformaram-se no curso dos séculos; da mesma maneira que as línguas irmãs cujas raízes ficaram como prova garantida de uma origem comum.

Criação do Mundo e expulsão do Paraíso, Giovanni di Paolo
Criação do Mundo e expulsão do Paraíso. Giovanni di Paolo (1403 — 1482),
Metropolitam Museum of Art, New York City.
“As noções semelhantes que se encontram em várias religiões não podem, pois, serem apontadas como sinal de relação entre umas e outras, mas apenas como indícios de uma origem comum em tempos os mais afastados.”
Todas as religiões da Antiguidade estavam certas de serem mais perfeitas quanto mais se ligavam ao passado.

Agora bem, no fim os caldeus e egípcios acabaram adorando toda espécie de animais.

Porém, quanto mais antigos são os seus documentos menos se mostram politeístas. 

Por exemplo, as pirâmides egípcias da III e IV dinastias falam de um deus único.

A moral do Livro dos mortos, obra da alta antiguidade egípcia, é muito elevada. A sua teodiceia é muito mais pura que as seguintes.

As invocações que a alma deve fazer ao Juiz celeste são um exemplo:

“Louvado seja, Deus grande, Senhor da Verdade e da Justiça! Eu venho até Ti, ó meu Mestre, eu me apresento diante de Ti para contemplar tuas perfeições”.

Prisse papyrus, Biblioteca Nacional de França, Paris
Papyrus Prisse, o livro mais antigo do mundo.
Biblioteca Nacional da França, Paris
O mais velho livro conhecido do mundo — o Papyrus Prisse — fala de um personagem em quem não é muito difícil reconhecer o Adão das Escrituras, embora algum tanto deformado e apresentado com pai de todos os deuses e de todos os homens.

A história do pecado original aparece deformada pelos pagãos na Índia e na Grécia.

A “mulher com a serpente” (a tentação de Eva) aparece nos mais velhos monumentos mexicanos.

Os egípcios falavam do Dragão celeste (Satanás), da árvore da vida (do Paraíso). Os assírios e babilônios foram os que mais pintaram a árvore sagrada.

Tradições análogas se encontram entre os persas, iranianos, sabinos, etc.

Moisés com as tábuas da Lei. Rembrandt.
A tradição universal por excelência, sublinha o sacerdote-astrônomo, é a do Dilúvio.

Ela tem sido encontrada até nas Ilhas Fiji.

Por sinal, o signo zodiacal Aquário se refere à onda vingadora e ao rei do abismo.

No tempo de Abraão, os caldeus já tinham deformado a história.

De acordo com suas inscrições, pode se afirmar que 3.000 anos a. C. eles ainda mantinham a tradição do Dilúvio degenerada e amalgamada com mitos astrológicos de feitio humano.

Tudo indica que Moisés recolheu uma tradição antes de tudo oral, fielmente transmitida pelos patriarcas.

Dos povos da Antiguidade só os hebreus conservaram o culto verdadeiro a Deus até a chegada do Messias, Nosso Senhor Jesus Cristo em que se realizou a plenitude da Lei.